terça-feira, 13 de agosto de 2013

MEC PT LULA DILMA QUEREM ACABAR COM APAE









Eu nunca imaginei que algum dia abordaria tal texto, com esse título desanimador, por jamais imaginar que isso ocorreria no Brasil. Resumo assim: o MEC quer acabar com as APAES. O mesmo MEC que há anos vem enfileirando uma sucessão de trapalhadas em relação ao ensino, que só vem piorando em todos os níveis. Mexer agora com a APAE é adiantar que outra colossal trapalhada está a caminho.
Por isso, na quarta-feira, 7, aconteceu em todo o Brasil a Mobilização em Defesa das Políticas Públicas para as APAEs. Na ocasião, todas as Federações Estaduais das APAEs e as entidades que prestam serviços para as pessoas com deficiência no Brasil promoveram uma manifestação em frente às Assembleias Legislativas de cada Estado.
De acordo com a assessoria das APAEs, o Ministério da Educação (MEC) quer acabar com as exemplares escolas especiais, inclusive as que são mantidas pelas APAEs e prestam um serviço exclusivo e de excelência para as pessoas com deficiência intelectual e múltipla. A intenção do MEC é matricular todas as pessoas com necessidades especiais nas escolas públicas da rede regular de ensino até 2016.
Várias cidades brasileiras participaram do protesto contra fechamento das APAEs. Alunos, pais e professores foram para a rua e mostraram o descontentamento em relação à proposta do Ministério da Educação. No cartaz levado por uma professora, durante a passeata na capital gaúcha, destacou-se a frase “O MEC quer acabar com as escolas especiais”. Pois essas palavras bem resumem o motivo do protesto, que engloba inclusive a irritação da população em geral, que sempre viu com simpatia a atuação das APAEs em suas cidades.
Contrários à mudança na meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), que será votada pelo Senado Federal, no dia 14 deste mês, pais, professores e alunos das APAES em todo o país prometem ir de novo às ruas mostrar sua indignação e a não-aceitação às novas e esdrúxulas normas. Pois nesse dia 14, em Brasília, haverá uma mobilização nacional em defesa da manutenção das escolas especiais no País, como a Escola Ananias Tadeu, de São Luiz Gonzaga, e a Sol Nascente, de Santo Antonio das Missões.
Presente em 454 municípios gaúchos, a APAE/RS atende cerca de 18 mil estudantes. São crianças especiais que necessitam de atendimento especial. Nas escolas regulares elas não terão isso. Graças aos trabalhos realizados pelas professoras da APAE, uma criança consegue andar e se preparar para a alfabetização, como bem sabe quem conhece o cotidiano desse modelar tipo de escola, como é o caso deste colunista.
Antes de votarem essa enganadora proposta, esses senadores deveriam sair de suas salas de tantas mordomias e visitar essas escolas, para conhecer a realidade da verdadeira inclusão social. A população brasileira certamente não vai deixar que o MEC acabe com as APAEs. Aprovar tal proposta é uma forma de minar a capacidade financeira das APAEs, levando ao fechamento de grande parte delas por falta de financiamento. Isso deixaria as crianças especiais sem amparo e acabaria com uma escola exemplar sem paralelo em todo o Brasil.